Quinta da Vitória

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

VIAGEM DESAFIADORA (Lc 
2.1-7)


O que teria se passado na cabeça da jovem Maria quando fez os preparativos para irem a Belém? É natural imaginar que ela tenha ficado temerosa de enfrentar aquela viagem! Estava a ponto de dar à luz. O caminho era longo. Não havia como saber se encontrariam hospedagem em Belém.

E mais, estando no final da gravidez, cansava-se facilmente; por isso, eles teriam de ir ainda mais devagar do que o normal. E a viagem era em lombo de animal de carga. Ela sem dúvida precisaria parar diversas vezes para descansar.

Mas, o movimento do bebê em seu ventre deveria trazer à sua memória a mensagem do anjo: “− Não tenha medo, Maria!” Seu espírito, assim consolado, e fortalecido por sua humilde disposição de servir ao Senhor, deve ter feito seu coração cantar repetidamente: “Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador. [...] o Poderoso fez grandes coisas em meu favor” (Lucas 1.30,46-47, 49).

José, por sua vez, era responsável pela mãe e pela criança. Deveria garantir o bem-estar e a segurança de ambos. Por outro lado, não podia deixar de atender à convocação do senso. Não havia opção. Era enfrentar a viagem. Mais uma vez ele fez o que lhe cabia. E Deus abençoou aquela inusitada família. Nós somos herdeiros dessa saga de fidelidade e coragem!

MINHA MENTE CATIVA A CRISTO

“...e não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente...”.
Rm 12.2


A batalha mais árdua contra o pecado é travada no campo do pensamento. É possível uma pessoa representar uma vida pura diante dos homens e viver na mais repugnante impureza aos olhos de Deus (Mt 23.27). Jesus disse que é do coração que procedem os maus desígnios.


Nossos pensamentos regem nosso comportamento, que determina os nossos sentimentos. Na verdade, somos o que pensamos. Ensina a Bíblia que “assim como o homem pensa no seu coração, assim ele é” (Pv 23.7). A Bíblia também diz que o pensamento impuro é tão pecaminoso quanto o ato impuro (Mt 5.28).

Mas aquilo que guardamos com cuidado no porão da nossa mente e nos arquivos dos nossos pensamentos será trazido à plena luz. Deus vai julgar o segredo do coração dos homens. 
O tribunal dos homens é parcial, é subornável, é corruptível; porém, o tribunal de Deus é justo, inviolável e imparcial. Por isso, devemos buscar a transformação profunda da nossa vida através da renovação da mente.

A MORTE DA MORTE

‘‘Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? ‘‘
1 Co 15.55

A cruz não foi a arena da derrota de Jesus Cristo, mas o palco da sua mais esplendorosa vitória. Jesus ressuscitou. Ele venceu a morte. 
Ele arrancou o aguilhão da morte. Agora ele tem as chaves da morte.

Ele é a ressurreição e a vida. Quando a multidão olhava estupefata o drama do Gólgota parecia que a morte colocaria fim ao sublime ministério de Cristo.

Jesus fora preso e acusado de blasfêmia em um julgamento ilegal. Seus discípulos haviam fugido. Os romanos zombaram dele. Atravessaram cravos em suas mãos e pés. Mas Deus estava no controle.

A cruz foi o pódio onde Cristo sagrou-se campeão invicto, desbaratando o poder da sepultura. A morte não pôde detê-lo. Cristo derrotou a morte, trazendo a esperança da ressurreição. A morte não tem mais a última palavra.

Cristo ressuscitou! E você que está em Cristo também é 
vencedor. A morte não tem mais autoridade sobre a sua vida. Um dia, à semelhança de 
Cristo, você também ressuscitará. Aleluia!

A VITÓRIA DA CRUZ

“e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”. 
Cl 2.15



Jesus venceu e subjugou Satanás tirando-lhe a armadura em que confiava. Jesus desarmou o inimigo mediante o seu sacrifício na cruz. Na cruz, Jesus arrancou das mãos do diabo todas as suas armas. A cruz não foi um palanque de fracasso, mas o trono da vitória mais esplêndida.

O diabo tenta intimidar, condenar e acusar você por meio da lei. Ele se esforça para usar a lei contra você. Mas Jesus cumpriu a lei por você. Ele, na cruz, pagou a pena que você devia. Ele cancelou o seu escrito de dívida.

Agora você está livre de qualquer condenação. Ninguém mais pode condenar você, pois Cristo morreu em seu lugar e satisfez todas as demandas da justiça divina que você violou. Jesus levou a sua culpa. Ele pagou o preço da sua redenção. Agora você é livre. Você está perdoado.

O sangue de Cristo é o escudo protetor que o livra da morte eterna. Você, agora, está quite com a justiça de Deus e com o tribunal de Deus. Você não vive mais sob a lei, mas debaixo da graça.

TRANSFORME-SE

“... mas transformai-vos pela renovação da vossa mente ...”. 
Rm 12.2b

A palavra transformar vem de outra palavra grega que significa uma fôrma que nunca muda. O cristão tem um modelo e um molde que nunca fica arcaico. Ele serve para todos, em todos os tempos, em todos os lugares. Este modelo é Cristo. Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hb 13:8). Agora, podemos mirar esse alvo e esse padrão e caminharmos na direção da perfeição.

Os valores morais de Deus são supratemporais e supraculturais. A verdade de Deus é verdade em qualquer tempo e lugar. O cristianismo é a verdade revelada de Deus para todos os homens, em todas as épocas, em todos os lugares. As filosofias humanas levantam-se e caem. Os ensinamentos dos grandes luminares do pensamento humano ganham notoriedade e depois caem no esquecimento.

Entretanto, a Palavra de Deus permanece para sempre. Jamais fica desatualizada; é sempre atual, sempre pertinente. Mesmo vivendo cercados pelo relativismo do presente século, podemos seguir as pegadas do Senhor Jesus.

PORTA DO PEIXE


“E a porta do peixe edificaram 
os filhos de Hassenaá...”
Ne 3.3; 12.39

Uma das principais estradas de Jerusalém entrava na cidade pela Porta do Peixe (2 Cr 33:14). O mercado de peixes ficava próximo ao portão e comerciantes de Tiro e de outras áreas entravam por ele para vender os seus produtos. Esta porta nos fala de trabalho, de crescimento e de reprodução. Fala-nos de um povo numa obra que não podia parar. Temos um trabalho a fazer. Temos também uma obra a realizar. Jesus disse que veio para fazer o trabalho do Pai. Nossa função é a mesma de Jesus, porque Deus nos confiou uma tarefa de reproduzir para completar o número dos seus escolhidos.

Porta do peixe lembra-nos dos pescadores do mar da Galileia, chamados por Deus para serem seus discípulos, tornando-se então, pescadores de homens (Mt 4:18- 22). Representa para nós a missão de pregar o evangelho a toda criatura, pois os peixes representam as almas que precisam ser salvas para o Reino de Deus. Que nossas vidas sejam instrumento de Deus para pescar todas as almas distantes, trazendo-as para dentro do Reino dos céus.

domingo, 12 de agosto de 2012

O NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA

“Porque para Deus não haverá impossíveis
em todas as suas promessas.”
Lc 1.37

Zacarias era sacerdote e Isabel, sua mulher, prima de Maria. Eles sempre pediram a Deus um filho, mas já estavam velhos e nada de o filho chegar. Quando já haviam perdido a esperança, o anjo Gabriel aparece a Zacarias no templo e o informa que sua mulher daria à luz a um filho, a quem daria o nome de João. Este seria grande diante do Senhor, cheio do Espírito Santo desde o ventre, e converteria muitos dos filhos de Israel ao Senhor, pois seria o precursor do Messias.

Se Deus parece ter chegado adiantado a Maria, pois não era ainda casada, parece que chegou atrasado a Isabel, pois já estava avançada em idade. Mas, o mesmo Deus que realiza o milagre do nascimento virginal de Jesus, abre também o ventre de Isabel para conceber João Batista. O Deus todo-poderoso é quem realiza esse duplo milagre na preparação do Natal. O anjo Gabriel mui apropriadamente, diz a Maria: “Porque para Deus não há impossíveis em todas as suas promessas”. O mesmo Deus que operou maravilhas no passado pode também fazer maravilhas hoje e isso em sua vida!

A FAMÍLIA É OBRA DE DEUS

“Não é bom que o homem esteja só; 
farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda.”
Gn 2.18

Enquanto boa parte dos meios de comunicação procura enfraquecer a família, nós, os cristãos, cremos que ela é obra da criação de Deus. Ao criar todas as coisas, Deus, por sua Palavra, criou o homem. E as Escrituras afirmam que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Isso parecia coroar toda essa obra magnífica em esplendor e beleza. A terra, que era vazia e sem forma, agora era transformada pela palavra do Deus Eterno. E tudo parecia terminado quando Deus cria o homem.

No entanto, a obra ainda estava inconclusa. Faltava algo. E o Senhor decide criar a companheira do homem. Nascia a família, algo que já estava no coração do Pai desde a eternidade e que agora se tornava realidade. Qual o significado da família para você? Algo que retrata um segmento da sociedade? Quando reunimos a família em torno da mesa para a refeição, para a viagem de férias, ou ainda para cultuar a Deus, devemos ter em mente que ela é obra da criação divina. Isso fará toda a diferença quando passarmos por lutas ou tribulações. Saberemos que o Senhor sempre cuidará de nós, pois ele criou a família para louvor da sua glória.

COLOCANDO ÁGUA NA FERVURA

“Pela fé (Abraão) peregrinou na terra prometida
como se estivesse em terra estranha...”
Hb 11.9

Charles Spurgeon, pregador inglês do século 19 disse: “Que vivamos aqui como peregrinos e não façamos do mundo um lar, mas uma hospedaria, na qual nos alimentamos e moramos, esperando estar de partida amanhã.” Após lhes dizer que estaria indo para um lugar onde eles não poderiam ir naquele momento, Jesus disse aos discípulos: “Na casa de meu Pai há muitos aposentos...vou preparar-lhes lugar.”(Jo 14.2) Abraão aprendeu a lição que poderia viver neste mundo, como se fosse um lugar estranho, passageiro. E para isso ele confiou sua vida a Deus, o edificador da cidade eterna.

Cada vez mais nos tornamos pessoas que demonstram a utópica possibilidade de se viver para sempre neste mundo. Para isso, amealhamos bens, construímos propriedades e sonhamos em ter mais e mais. Para o cristão, isso não faz sentido, pois vivemos neste mundo como peregrinos, à espera do momento da volta à casa do Pai. O que preciso entregar hoje ao Senhor que me ajudaria a viver realmente como estrangeiro em terra estranha? O que tem me impossibilitado de viver na perspectiva de que um dia morarei eternamente com o Pai?

ESPIRITUALIDADE & DISCIPULADO

“Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me.”
Mc 10.21

Jesus Cristo ao chamar seus discípulos não só os chama, mas também os desafia a assumirem compromisso com o seu Reino e, a aceitar, incondicionalmente, seu senhorio. Certa ocasião um jovem se aproximou de Jesus (Mc 10.17-22), para indagá-lo acerca da vida eterna, pensando ser um excelente cristão. Mas ele não havia compreendido ainda o significado e as implicações do verdadeiro discipulado (v. 21).

O jovem fazia quase tudo certo. Mas o seu coração estava dividido entre Deus e as riquezas. O jovem foi desafiado por Jesus à liberalidade. Ou seja, a abrir mão dos valores materiais. Seria o destronar das riquezas e o entronizar Jesus Cristo no coração. O jovem foi desafiado a um novo redirecionamento de vida. “... vem, e segue-me”.

Seguir a Jesus Cristo implica em confiar inteiramente na providência de Deus. Lamentavelmente, o jovem não aceitou o desafio de Jesus: “Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades” (v. 22). Que não aconteça assim comigo e com você.

JESUS A PORTA DAS OVELHAS

“Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, 
será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagens.” 
Jo 10.9

Os pastores guardavam seus rebanhos em lugares seguros, em tempos de frio. Mas, nas noites quentes de verão, ficavam nas próprias campinas guardando-os dos animais predadores. As ovelhas ficavam reunidas em apriscos improvisados e os pastores mesmos eram a porta de entrada para as ovelhas. É nesse contexto que Jesus afirma ser a porta das ovelhas. Essa metáfora sugere-nos três verdades: primeira, Jesus é a porta da salvação. “Se alguém entrar por mim será salvo”. Não há salvação fora de Jesus. Ele é o Caminho para Deus, a porta da salvação. Ninguém pode chegar a Deus por suas obras nem mesmo por sua religiosidade.

Somente Cristo é a porta! Segunda: Jesus é a porta da liberdade. Jesus disse: “... entrará e sairá...”. Há muitas portas que conduzem ao cativeiro e à escravidão. São portas largas e espaçosas, mas desembocam em becos escuros e masmorras insalubres. Jesus, porém, é a porta da liberdade. Finalmente, Jesus é a porta da provisão. “... e achará pastagens”. Jesus Cristo é a própria provisão das ovelhas. Ele veio para que você tenha vida e vida em abundância!

O DRAMA DO MEDO

“Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, 
e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.”
Gn 3.10

O primeiro sintoma do pecado no mundo foi o medo. Depois que Adão pecou, passou a ter medo de Deus em vez de deleitar-se nele. Esse medo o levou a se esconder de Deus e a criar mecanismos de fuga. O medo é mais do que um sentimento, é um espírito que nos paralisa. O apóstolo Paulo fala do espírito de medo (2Tm 1.7). Na família sempre lidamos com o medo. Alguns têm medo de casar e outros de ficarem solteiros. Muitos têm medo de doença e também da morte. O medo pode ser positivo ou negativo. Pode salvar-nos ou nos fazer perecer.

Quando o medo é um sinal de alerta diante de um perigo é positivo. Porém, o medo pode nos fazer encolher diante das situações difíceis e tirar nossos olhos de Deus. Adão e Eva, depois que caíram em pecado, em vez de buscarem abrigo em Deus, temeram e fugiram de Deus. Em vez de confessarem sua culpa, criaram mecanismos de escape. Em vez de reconhecerem seu erro, começaram a acusar um ao outro. Muitos, ainda hoje, por causa do medo estão fugindo de Deus quando deveriam estar correndo para Deus.

PORTA DA ALIANÇA

“...firmarei nova aliança com a casa 
de Israel e com a casa de Judá.”
Hb 8.8


“Porque Deus amou o mundo…” (João 3:16). Quem ama conhece a Deus. O amor é superior a tudo. Deus é a porta do amor. Somente quem está ligado a Deus tem a essência da vida. Paulo, em Coríntios, diz que o amor está acima de tudo. O amor é melhor que o dom de línguas, do que o dom de profecia e de conhecimento, do que o dom de milagres. O amor é melhor do que o próprio martírio, porque “ainda que eu entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada serei. O amor jamais acaba” (1 Co 13:8).

O amor vence tudo. O amor é abençoador, não ofende; sempre busca caminhar ao lado das pessoas para socorrê-las. O amor é a marca do cristão. O mundo está cheio de pessoas estressadas, algumas explosivas. Tudo isso é falta do amor verdadeiro. Neste mundo moderno, onde tudo é relativo e o que importa é o “eu” e o “meu”, temos que abrir nossos corações para que o amor de Deus seja derramado em nós e transborde para todos os lados, influenciando positivamente o nosso próximo.

PORTA DO AMOR

“Deus é amor.” 
I Jo 4.8

Desde o Éden Deus faz aliança com o homem. Um selo e uma marca que jamais poderão ser desfeitos. Nunca será quebrada, porque foi estabelecida no cartório da eternidade. Esta nova aliança veio do Gênesis até Jesus. Jesus é esta porta que nos coloca dentro da nova aliança. Deus tinha uma aliança com Israel, o qual tinha que guardar a lei e sempre que fosse quebrada fazia-se necessário matar um animal para ser sacrificado e o sangue derramado para a purificação dos pecados. Jesus, a porta de entrada da nova aliança, veio para abrir o novo e vivo caminho entre Deus e o homem.

A antiga aliança era ratificada com o sangue dos animais, mas a nova aliança é ratificada no sangue de Cristo. Na velha aliança o homem buscava fazer o melhor para Deus e fracassava. Na nova aliança Deus fez tudo para o homem. Jesus se fez pecado e maldição por nós. Seu corpo foi partido, seu sangue foi vertido. Ele levou sobre o seu corpo, no madeiro, todos os nossos pecados. Em decorrência disto, temos nosso nome escrito no livro da vida, selado pelo sangue do Cordeiro, numa aliança eterna e segura.