Cânticos de louvor a Deus não ocorrem só no Livro dos Salmos. Espalhados pelos vários livros do Antigo Testamento se acham cânticos entoados pela comunidade crente de Israel. A lista inclui cânticos
tais como:
O Cântico do Mar (Êx 15.1-18), que foi composto para celebrar o livramento que o Senhor proveu para seu povo, de sua escravidão no Egito, e registrado seguindo sua dramática passagem pelo mar.
O Cântico de Moisés (Dt 32.1-43), que foi ensinado aos filhos de Israel por Moisés como um retrospecto e uma despedida.
O Cântico de Débora e Baraque (Jz 5.1-31), no qual deram graças pelos justos e protetores atos do Senhor que acabara de se manifestar
em seu meio (Jz 4).
O Cântico de Ana (1Sm 2.1-10), um canto de ação de graças com um reconhecimento de que a vida e a morte vêm do Senhor.
2 Samuel 22.2-51 (aparecendo também como Salmo 18), um canto de alegria por Davi em Deus como sua rocha e libertador.
O Cântico de Ezequias (Is 38.9-20), composto depois que ele descobriu sua doença, e no qual ele canta a fidelidade de Deus para com
ele (vs. 18,19).
Estes e vários outros cânticos têm muita semelhança com o Livro dos Salmos. Sua linguagem é a mesma, e usam o mesmo tipo de estilo. Ao cantar tanto a Deus quanto sobre ele, fazem assim de uma forma que imediatamente reconhecemos como sendo iguais aos salmistas.
O louvor é dirigido a Deus, primariamente, porque é um modo especial de celebrar quem ele é e o que ele faz. Amiúde, pensamos em
usar o que chamamos “doxologias” no início e no final de um serviço de culto.
Entretanto, cada hino dirigido a Deus é realmente uma doxologia, pois ao usá-lo estamos proclamando a Deus o que sabemos de sua pessoa e obra.
Assim dizemos a Deus:
“Tu és aquele cuja glória está acima de toda a terra”
(Sl 108.5).
“Tu és meu Rei e meu Deus, que decretas vitórias para Jacó. Por teu intermédio derrubamos nossos inimigos; através de teu nome pisamos nossos inimigos”
(Sl 44.4,5).
Cantar desta maneira diante de outros, ou unir-nos a eles em cânticos comunitários de louvor, também envolve um elemento de confissão. Ao dirigirmo-nos a Deus em palavras ou em cântico estamos dizendo a outros o que sabemos sobre ele, e também confessando que ele é o Deus diante de quem temos que comparecer em honra e confiança.
Cantar os louvores do Senhor, pois, pode ser um reconhecimento de nosso compromisso com ele.